Publicações de 2021 (Doutorado)

  • Tese - Rossana Patricia Basso

    Histoplasmose disseminada em centro de referência para AIDS no extremo sul do Brasil

    Autor: Rossana Patricia Basso (Currículo Lattes)

    Tese - Rossana Patricia Basso

  • Tese - Gabriela de Moraes Soares Araújo

    Desenvolvimento de formulações com base nanotecnológica para o tratamento de queimaduras

    Autor: Gabriela de Moraes Soares Araújo (Currículo Lattes)

    Tese - Gabriela de Moraes Soares Araújo

  • Tese - Francine Villela Maciel

    QUALIDADE DO SONO EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS E ASSOCIAÇÕES COM CONTEXTO PANDÊMICO (COVID-19)

    Autor: Francine Villela Maciel (Currículo Lattes)

    Tese - Francine Villela Maciel

  • Tese - Fabian Teixeira Primo

    Farmacovigilância de Nanomedicamentos: desafios na inexistência de marco regulatório em nanossegurança

    Autor: Fabian Teixeira Primo (Currículo Lattes)

    Tese - Fabian Teixeira Primo

  • Tese - Lauro Miranda Demenech

    SAÚDE MENTAL DO ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO NO BRASIL - UM ESTUDO MULTICÊNTRICO ATRAVESSADO PELA PANDEMIA DE COVID-19

    Autor: Lauro Miranda Demenech (Currículo Lattes)

    Tese - Lauro Miranda Demenech

  • Tese - Priscila Cristina Bartolomeu Halicki

    COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS NITROGENADOS COMO FONTE DE NOVAS ESTRATÉGIAS NO COMBATE À TUBERCULOSE RESISTENTE

    Autor: Priscila Cristina Bartolomeu Halicki (Currículo Lattes)

    Resumo

    De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a resistência microbiana tem sido um dos maiores desafios da área da saúde no século 21. Mais especificamente, a emergência de cepas de Mycobacterium tuberculosis resistentes aos fármacos disponíveis para a terapia tem se mostrado como um obstáculo relevante no controle da tuberculose (TB) mundialmente. Considerando uma das “Estratégias Globais Para o Fim da TB” e a necessidade de contornar a problemática da resistência, este trabalho teve como objetivo a identificação de compostos sintéticos heterocíclicos como scaffolds para o desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas para a TB resistente, visando quatro diferentes estratégias: 1) identificação de moléculas para o desenvolvimento de novos fármacos; 2) síntese de compostos híbridos contendo fármacos anti-TB; 3) identificação de compostos inibidores de mecanismos de resistência em M. tuberculosis, com foco na terapia direcionada ao bacilo; e 4) identificação de imunomoduladores, visando à terapia direcionada ao hospedeiro. Neste cenário, foram selecionadas três classes de compostos heterocíclicos nitrogenados, tais como fenazinas, híbridos de isoniazida e naftoquinonas, e um derivado de tetrahidropiridina. Em geral, o composto fenazínico mais promissor entre os sete avaliados apresentou atividade antimicobacteriana frente a todas as cepas de M. tuberculosis avaliadas (inclusive frente a cepas multidroga-resistentes (MDR)), com concentração mínima inibitória (CMI) variando entre 18,3 e 146,5 μM, sem evidências de resistência cruzada com outros fármacos anti-TB. Em relação aos compostos híbridos, dos 12 avaliados, pelo menos 10 apresentaram atividade antimicrobiana frente às três cepas selecionadas, com CMI entre 0,78 e 200μg/mL. Entre estes, destacaram-se dois, por apresentarem CMI = 6,25 μg/mL frente a uma das cepas monorresistentes à INH e não apresentarem citotoxicidade até a maior concentração avaliada (IC50 > 200 μg/mL). Quanto ao derivado de tetrahidropiridina, além de apresentar atividade antimicrobiana frente ao M. tuberculosis (CMI = 25 μg/mL frente à cepa H37Rv e 12,5 μg/mL frente a uma cepa MDR), também apresentou potencial como possível inibidor do mecanismo de efluxo em M. tuberculosis resistente, numa concentração de 3,12 μg/mL, e foi capaz de promover a morte do M. tuberculosis em condição de starvation, em concentrações de 6,25, 25 e 100 μg/mL. Além disso, em concentrações ≤ 12,5 μg/mL, a tetrahidropiridina também foi capaz de modular a expressão de receptores do tipo Toll 2 e 4, de moléculas coestimuladoras CD80 e CD86, além de manter um equilíbrio nos níveis de produção de TNF-α e reduzir a produção de IL-10 em células murinas. Por fim, cabe ressaltar que todos os compostos com resultados promissores apresentaram níveis de segurança farmacológica para futuros ensaios in vivo aceitáveis (índices de seletividade superiores a 10), evidenciando estes compostos como possíveis protótipos na busca por estratégias voltadas ao controle da TB resistente, tais como novos antimicrobianos, adjuvantes e imunomoduladores.

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  • Tese - Ana Júlia Reis

    EFLUXO E RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EM CEPAS DO COMPLEXO Mycobacterium abscessus

    Autor: Ana Júlia Reis (Currículo Lattes)

    Resumo

    Os membros do complexo Mycobacterium abscessus (CMAB) têm sido considerados os mais patogênicos dentre as micobactérias de crescimento rápido e estão associados a altas taxas de resistência a antibióticos (ATB) de diferentes famílias e estruturas químicas. O efluxo, que atua realizando o transporte ativo de compostos de dentro para fora das células, por meio de proteínas de membrana celular denominadas de bombas de efluxo, é um dos mecanismos envolvidos na resistência aos ATB em cepas do CMAB. Tem sido postulado que inibidores de efluxo (IE) poderiam ser utilizados como adjuvantes na terapia para infecções causadas pelo CMAB, potencializando a atividade dos ATB que são substratos de bombas de efluxo. O objetivo desta tese foi avaliar a relação do mecanismo de efluxo com a resistência aos ATB em cepas do CMAB. Realizou-se um estudo transversal, incluindo 26 cepas do CMAB, provenientes de amostras pulmonares e previamente identificadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul, entre os anos de 2007 a 2017. Primeiramente foi realizada a confirmação molecular da identificação das subespécies do CMAB através da amplificação do gene erm(41) e do sequenciamento parcial dos genes hsp65 e rpoB. Na sequência, foram realizados experimentos para a determinação da concentração mínima inibitória (CMI) de amicacina (AMI), ciprofloxacina (CIP), claritromicina (CLA), verapamil (VP), tioridazina (TZ) e ácido úsnico (AUS). Todas as cepas sensíveis a CLA até o quinto dia de incubação, foram avaliadas para resistência induzida a este ATB, com períodos de incubação de até 14 dias. Posteriormente, ensaios modulatórios foram realizados para avaliar o efeito dos IE na redução da CMI de CIP e CLA. Entre as cepas avaliadas, 57,7% (15/26) foram identificadas como M. abscessus subsp. abscessus, 30,8% (08/26) como M. abscessus subsp. massiliense e 11,5% (03/26) como M. abscessus subsp. bolletii. Quando avaliado o perfil de sensibilidade das cepas frente aos ATB, apenas uma cepa (3,8% - 1/26) foi resistente a AMI, 69,2% (18/26) das cepas foram resistentes a CIP e 57,7% (15/26) foram resistentes a CLA. Entre as cepas resistentes a CLA, 86,7% (13/15) tornaram-se resistentes após exposição prolongada ao ATB. Além disso, 80% (12/15) das cepas resistentes a CLA foram classificadas como M. abscessus subsp. abscessus e 20% (03/15) como M. abscessus subsp. bolletii. O AUS apresentou atividade antimicrobiana para 100% das cepas, com CMI ≤ 50 μg/mL. Na avaliação do mecanismo de efluxo, 38,9% (07/18) e 80% (12/15) das cepas resistentes a CIP e a CLA, respectivamente, apresentaram fator modulatório significativo (≥4) para pelo menos um dos IE avaliados.Destaca-se que, 22,2% (04/18) das cepas resistentes a CIP e 53,3% (08/15) das cepas resistentes a CLA apresentaram CMI de cepas sensíveis a estes ATB após a associação com os IE. Nossos resultados enfatizam a importância da correta identificação da subespécie do CMAB envolvida na infecção e da determinação do perfil de sensibilidade frente aos ATB, já que este apresenta variações entre as subespécies do complexo. Além disto, observamos que o efluxo pode estar envolvido na resistência, e na suposta indução deste mecanismo pelos ATB. Os três IE avaliados reduziram os níveis de resistência de cepas do CMAB frente a CIP e CLA, o que instiga o avanço em estudos que avaliem compostos IE como adjuvantes para o tratamento de infecções causadas por este grupo de micobactérias.

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  • Tese - Vanice Rodrigues Poester

    ESPOROTRICOSE: DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E ENFRENTAMENTO DA DOENÇA NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL, DIAGNÓSTICO MOLECULAR E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TERAPÊUTICO DE COMPOSTOS QUÍMICOS EM FUNGOS DO COMPLEXO SPOROTHRIX

    Autor: Vanice Rodrigues Poester (Currículo Lattes)

    Resumo

    Nas últimas décadas, o caráter emergente da esporotricose felina e zoonótica em território brasileiro levou à inclusão da doença na lista de agravos de notificação obrigatória no Brasil. Características etológicas dos felinos, juntamente com o subdiagnóstico, diagnóstico tardio e escassez de novas opções terapêuticas contribuem para o agravamento desta situação. No Rio Grande do Sul (RS) a hiperendemia da esporotricose felina tem demonstrado impacto na saúde pública, com importantes taxas de transmissão zoonótica. Assim, o objetivo desta tese foi abordar diferentes vertentes da problemática da esporotricose. Estas temáticas abordadas estão descritas no formato de produção científica, composta por oito artigos/manuscritos. O artigo/manuscrito 1 avaliou retrospectivamente a distribuição geográfica e temporal da esporotricose em mais de 400 casos de esporotricose animal e cerca de 100 casos de esporotricose humana durante o período de sete anos (2010-2016) na região Sul do RS, apontando a preocupante situação epidemiológica da esporotricose nesta região, com expansão espacial e temporal dos casos ao longo dos anos, discutindo a necessidade de medidas de enfrentamento para o controle e prevenção da disseminação. Na sequência, o artigo/manuscrito 2 reporta a formação de uma Rede pública de assistência e apoio diagnóstico da esporotricose humana no município do Rio Grande iniciada em 2017. A implementação do serviço beneficiou os pacientes atendidos dispondo acesso ao diagnóstico, atendimento e acompanhamento da terapia antifúngica totalmente disponibilizado pela esfera pública, trazendo benefícios individuais e coletivos, como redução de mais de 250% no tempo decorrido até o diagnóstico, e fomento a ações de políticas públicas de saúde. O artigo/manuscrito 3 relata um caso atípico de esporotricose disseminada associada a síndrome da reconstituição imune (IRIS), relacionado a espécie S. brasiliensis ocorrido no ano de 2019. Referindo-se a abordagem diagnóstica, o artigo/manuscrito 4 avaliou a técnica de PCR espécie-específica no diagnóstico da esporotricose felina por S. brasiliensis a partir de amostras não-invasivas, o diagnóstico molecular apresentou taxa limitada de sensibilidade (59%), apesar de alta especificidade (100%), evidenciando a necessidade de refinamento dos protocolos utilizados no estudo buscando incremento na sensibilidade do teste para sua consequente aplicação como ferramenta diagnóstica da esporotricose felina. Os quatro artigos/manuscritos 5 a 8 (2 artigos e 2 manuscritos) subsequentes contemplam experimentos referentes a avaliação in vitro dos compostos químicos nicomicina Z (NikZ) e disseleneto de difenila (PhSe)2 frente a isolados clínicos de Sporothrix spp., de forma isolada, combinados entre si ou combinados com o itraconazol (ITC). Promissora atividade antifúngica no uso isolado destes compostos foi observada, com inibição das três principais espécies clínicas de Sporothrix, assim como 100% de sinergismo na combinação dos dois compostos e altas taxas de efeitos benéficos (aditismo ou sinergismo) na interação entre NikZ ou (PhSe)2 com o ITC frente as distintas espécies avaliadas. Os dados da tese contribuem de forma ampla e abrangente ao contexto da esporotricose fornecendo importantes subsídios no âmbito epidemiológico e de fomento de políticas de saúde pública para a segunda região do Brasil com maior número de casos desta zoonose, assim como disponibilizando dados pioneiros na linha do diagnóstico e de novas opções terapêuticas para esta micose.

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  • Tese - Jaqueline do Espírito Santo Costa

    SÍFILIS: IMPLICAÇÕES DO SEU DES(CONHECIMENTO)

    Autor: Jaqueline do Espírito Santo Costa (Currículo Lattes)

    Resumo

    Um dos pilares para conter o avanço de uma infecção de propagação sexual é o conhecimento acerca da mesma, seus sintomas, vias de transmissão, tratamento e prevenção. Partindo desse pressuposto, o presente estudo buscou identificar a percepção e conhecimento de mães de crianças diagnosticadas com sífilis ao nascer e de profissionais da área materno-infantil acerca da sífilis. Tratou-se de um estudo exploratório descritivo do tipo qualitativo que foi realizado em um hospital universitário e público e em unidades básicas de saúde situados no extremo sul do Brasil. A coleta de dados deu-se nos meses de dezembro de 2019 a novembro de 2020, por meio de entrevistas guiadas por questionários semiestruturados, gravadas e posteriormente transcritas. Participaram do estudo 40 profissionais da área materno-infantil, além de 20 puérperas. Os dados foram tratados por meio de análise textual discursiva. Os resultados foram agrupados em dois artigos intitulados: ―Manejo da sífilis por profissionais da área materno-infantil: conhecimentos, crenças e práticas‖ e ―A infecção pela sífilis sob a visão feminina‖, contabilizando a geração de nove categorias de achados. Foi possível identificar nas falas dos profissionais entrevistados equívocos relacionados ao manejo adequado da sífilis na gestante e suas parcerias e também com relação à sífilis congênita. Conhecimentos básicos acerca da evolução da sífilis, fisiopatologia e tratamento foram insipientes. Houve inclusive falas em desacordo com os principais protocolos científicos vigentes. Por outro lado, profissionais também demonstraram entendimento da temática e preocupação com a clientela atendida, mesmo em contextos de barreiras organizacionais. Com relação às mães entrevistadas, conceitos básicos sobre e saúde e autocuidado mostraram-se deficitários. Nas falas maternas emergiram relatos de reinfecção, ausência de tratamento e poucas ou nenhuma consulta de pré-natal. Questões de gênero também parecem imbricadas ao ciclo de reinfecção materna e infecção congênita. Foi percebida a existência de lacunas no saber, de crenças culturais e sociais, da aplicação de valores pré-concebidos, que de forma isolada ou em conjunto contrapõem a efetivação de uma adequada assistência aos pacientes adultos e pediátricos acometidos pela sífilis.

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  • Tese - Barbara da Silva Alves

    EFEITOS NEUROPROTETORES DE ÁCIDOS GRAXOS POLI-INSATURADOS ÔMEGA-3 E CURCUMINA EM MODELOS ANIMAIS DA DOENÇA DE PARKINSON

    Autor: Barbara da Silva Alves (Currículo Lattes)

    Resumo

    A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa desencadeada pela morte de neurônios dopaminérgicos, principalmente na região da substância negra pars compacta que provoca sintomas motores. Os tratamentos farmacológicos utilizados na DP possuem efeitos adversos e apenas reduzem a progressão da doença e, por isso, tem-se investido em alternativas terapêuticas para auxiliar no tratamento dos pacientes com DP. Dois compostos de origem natural, com propriedades antioxidantes e anti- inflamatórias já conhecidas, foram estudos no presene trabalho. Um deles é a curcumina (CUR) que é um composto polifenólico extraído da Curcuma longa que possui efeitos neuroprotetores em modelos experimentais da DP. Já os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (AGs ω-3) são moléculas abundantes em alimentos como algas marinhas e óleo de peixe e que apresentam dois principais AGs, o ácido docosahexaenoico (DHA, 22:6) e o ácido eicosapentaenoico (EPA, 22:5) e possuem efeitos antioxidantes e anti- inflamatórios. Assim, o objetivo da presente tese foi avaliar, através de uma revisão da literatura, a utilização e os efeitos de AGs ω-3 em modelos animais da DP, e avaliar experimentalmente os efeitos neuroprotetores da CUR e do óleo de peixe frente em um modelo da DP. No estudo de revisão sistemática, foi feito um levantamento na literatura de estudos que utilizaram DHA e EPA em modelos animais da DP. Os estudos encontrados demonstraram uma ampla variedade de doses de AGs ω-3, bem como a utilização de diferentes protocolos experimentais para sua administração. . A maioria dos estudos demonstrou efeitos benéficos dos AGs ω-3 em restaurar os danos motores e a neurodegeneração nos modelos animais da DP Além disso, s propriedades antioxidantes, anti-inflammatoria e anti- apoptótica contribuem para a melhora das funções neurológicas. No estudo experimental, foram utilizados camundongos Swiss machos que receberam óleo de peixe contendo 300 mg/Kg de DHA e 450 mg/Kg de EPA, CUR 50 mg/Kg e a associação de ambos compostos por 30 dias frente ao dano provocado por Rotenona (1 mg/Kg). Através de análise de parâmetros comportamentais e bioquímicos foi concluído que CUR e o óleo de peixe não apresentaram toxicidade e foram efetivos em melhorar o desempenho motor dos animais. Desta forma, concluí-se que tanto CUR quanto ω-3 apresentam efeitos nos sintomas motores, antioxidantes e anti-inflamatórios em modelos da DP. Por isso, estes compostos apresentam promissor efeito neuroprotetor na prevenção e tratamento da DP.

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