UTILIZAÇÃO DA ANÁLISE DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NA AVALIAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO EM INDIVÍDUOS MENORES DE 18 ANOS: REVISÃO SISTEMÁTICA

Autor: Giulia Matheus Moraes (Currículo Lattes)

Resumo

Introdução: O sistema nervoso autônomo (SNA) tem como função a regulação e modulação que garante a homeostase de diversos órgãos responsáveis por ele. Uma opção de ferramenta para avaliar e interpretar o funcionamento do SNA é a análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Dessa maneira, a presente revisão sistemática teve como principal objetivo mapear as aplicações da análise da VFC na avaliação do SNA em condições fisiológicas e clínicas em indivíduos menores de 18 anos. Método: A busca de estudos potencialmente relevantes foi realizada nas bases de dados PUBMED, LILACS e SciELO. Os estudos incluídos originais investigavam o sistema autônomo através da variabilidade da frequência cardíaca em indivíduos até 18 anos. Resultados: O número de artigo incluído nesta revisão foi de 1155 publicados no período entre 1971 e 2019. Um número crescente das publicações que avaliam o SNA através da análise da VFC em indivíduos menores de 18 anos foi observado ao longo das décadas. A Europa e América do Norte lideraram essas pesquisas, com 38% e 28% das publicações respectivamente. Entre essas publicações, 305 artigos foram realizados em indivíduos hígidos em todas as faixas etárias, avaliando tanto o estado do SNA quanto sua adaptação às atividades físicas e aos diferentes tipos de parto. 61,31% utilizaram os parâmetros de domínio de tempo e 69,51% de domínio de frequência. Em indivíduos que apresentavam alguma condição clínica foram encontrados 850 estudos incluindo principalmente os seguintes sistemas: neurológico (n=144), psicológico (n=113), cardiovascular (n=111), metabólico (n=105) e respiratório (n=50). 54,11% utilizaram os parâmetros de domínio de tempo e 77,88% de domínio de frequência. Conclusão: Concluímos que houve um interesse crescente da utilização de análise da VFC para avaliar o SNA em indivíduos menores de 18 anos nos últimos 20 anos. Esta ferramenta tem sido utilizada tanto em indivíduos hígidos quanto em diversas condições clínicas para entender melhor os fenômenos fisiológicos, mecanismos de doenças e ações de medicamentos. Os sistemas neuropsicológicos foram mais investigados. 

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