Dissertação - Jaqueline do Espírito Santo Costa

SÍFILIS CONGÊNITA: UM DESAFIO PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE MATERNO-INFANTIL

Autor: Jaqueline do Espírito Santo Costa (Currículo Lattes)

Resumo

Identifica-se o aumento global na incidência de casos da sífilis congênita, chegando a ser considerada em muitos países como uma infecção reemergente e causando transtornos para as administrações públicas. Tendo em vista que a SC é considerada um indicador da qualidade de assistência à saúde materno-fetal, investigar os índices de tal agravo em âmbito municipal favorece a criação de medidas mais eficazes para prevenção e tratamento. Objetivou-se descrever o panorama epidemiológico da Sífilis Congênita (SC) em um município do extremo sul do Brasil de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo, que foi realizado através de coleta documental, nas fichas de notificação para SC e no banco de dados do SINAN, referentes ao período de 2010 a 2015, disponíveis na vigilância epidemiológica. Foram notificados 134 casos de SC. Nenhum dos formulários apresentou-se completo, tendo em média 13,9 variáveis em branco (DP= 4,8), do total de 66 variáveis do formulário. Os casos notificados no município se apresentaram crescentes ao longo do período estudado, com certa estabilidade do ano de 2014 para 2015. Com relação às mães, a média de idade foi de 25 anos (DP=: 5,8) e 64 (47,8%) eram de cor branca. A maioria dos diagnósticos de sífilis materna ocorreu durante o pré-natal 70 (52,2%), e 89 (66,4%) mães realizaram esse acompanhamento. Conclui-se que a incidência de SC apresenta-se crescente e os profissionais de saúde têm relegado sua responsabilidade com relação ao registro desse agravo. As altas taxas de dados ignorados nos formulários de notificação prejudicam o estabelecimento do panorama epidemiológico da infecção, o que certamente dificulta a plena atuação dos órgãos públicos de vigilância.

TEXTO COMPLETO DA DISSERTAÇÃO