Dissertação - Leandro da Silveira Pontes

Bruxismo do sono : estudo de base populacional na cidade de Rio Grande - RS

Autor: Leandro da Silveira Pontes (Currículo Lattes)

Resumo

O bruxismo do sono é um hábito oral que ocorre enquanto a pessoa dorme, sendo caracterizado por movimentos da musculatura mastigatória, forçando atrito entre os dentes. Esta disfunção pode acarretar em diversos danos ao sistema estomatognático entre eles desgaste excessivo dos dentes, fraturas dentárias, dor muscular, inflamação e recessão das gengivas, dor na articulação temporomandibular, problemas periodontais, sobrecarga em implantes, perdas dentárias e distúrbios no sono. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência do bruxismo do sono, bem como seus principais sinais e sintomas, na população com 18 anos ou mais da cidade de Rio Grande. O estudo também avaliou a associação do bruxismo do sono com sexo, idade, escolaridade e estresse psicológico. O estudo foi do tipo transversal. Uma amostra representativa da população foi entrevistada por meio de questionário. Um total de 1280 pessoas respondeu a avaliação. O bruxismo do sono foi avaliado por instrumento específico baseado nos critérios diagnósticos estabelecidos pela Classificação Internacional de Distúrbios do Sono. A prevalência de bruxismo do sono encontrada na população foi de 8,1 % (Intervalo de Confiança [IC] 95% 6,6 - 9,5). Dentre os sinais e sintomas da disfunção utilizados para o diagnóstico de bruxismo do sono, o desgaste dentário (70,3%) e a dor nos músculos mastigatórios (44,5%) foram os mais frequentemente relatados pelas pessoas que declaram ranger os dentes durante o sono. Não houve diferença significante na prevalência de bruxismo do sono entre os sexos. A faixa acima de 40 anos teve maior prevalência de bruxismo do sono. A disfunção foi associada a um maior nível de escolaridade (Razão de Prevalência [RP] 1.92 IC 95% 1,35 -2,72) e de estresse psicológico (RP 1,76 IC 95% 1,11- 2,81).

TEXTO COMPLETO

Palavras-chave: OdontologiaEpidemiologiaBruxismoSinaisSintomasFatores de riscoAutoavaliação diagnóstica