Perfil de pacientes com níveis séricos de vitamina D dosados em uma unidade de clínica médica
Autor: Pâmela Milano Gehres (Currículo Lattes)
Resumo
A vitamina D tem sua importância destacada por participar da regulação da hemostasia do metabolismo cálcio-fosforo e mineralização óssea, entretanto, novos estudos evidenciam sua interação com as mais diversas células do corpo humano, o que contribui para que mais funções sejam relacionadas a esse pró-hormônio. Contudo, mesmo diante de evidências bastante relevantes, ainda se observa que grande parte da população mantém níveis abaixo do adequado. Objetivo: investigar a prevalência de nível sérico baixo de vitamina D e patologias associadas em pacientes que dosaram a vitamina D e que estiveram internados em uma unidade clínica de um hospital universitário no sul do Brasil. Metodologia: pesquisa observacional, retrospectica, utilizando dados secundários. A coleta e análise dos dados ocorreu no período de janeiro e fevereiro de 2024. Foram avaliados prontuários físicos de pacientes internados na unidade de clínica médica, de um hospital universitário do sul do Brasil nos anos de 2020 e 2021 A classificação dos níveis de vitamina D para a população brasileira são: 20 ng/mL: normal/desejável para a população saudável; entre 30 a 60 ng/mL para os grupos de risco como idosos, gestantes, pacientes com distúrbios ósseos, hiperparatireoidismo secundário, doenças inflamatórias, doenças autoimunes e renal crônica e pré-bariátricos; 10 a 20 ng/mL: baixo, menor do que 10 ng/mL: muito baixo. Resultados: A dosagem total de vitamina D foi realizada em n= 2049 pacientes, incluídos no estudo 106 pacientes, (68,9%) eram do sexo feminino, e (50%) com idade de 60 anos ou mais, (66%) eram de cor de pele branca, (67%) tinham de duas a cinco comorbidades; (52,8%) tinham Hipertensão Arterial Sistêmica, (36,8%) tinham Diabetes; e os motivos de internação mais frequentes foram as doenças Infecciosas (48,1%). A prevalência de níveis séricos baixos foi de (82,1%), destes, a maioria era idoso, com sobrepeso (32,2%), e faziam parte do grupo de risco (94,3%), tinham hipertensão arterial sistêmica (52,9%), e diabetes mellitus (40,2%). Conclusão: Diante disso, percebe-se que os dados encontrados estão alinhados com a maioria dos estudos atuais relacionados ao status da vitamina D para a população, foi notado, portanto, que há uma necessidade de que seja dosada com certa periodicidade, principalmente em pessoas com doenças crônicas como hipertensão arterial sistêmica e diabetes, idosos, mulheres, brancos e pessoas com sobrepeso, objetivando corrigir níveis inadequados, evitando assim, acometimentos mais graves advindos de longos períodos com níveis séricos abaixo do desejado.