PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO ALEITAMENTO MATERNO NA PRIMEIRA HORA DE VIDA DO BEBÊ: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL NO SUL DO BRASIL
Autor: Daniele Concli Loureiro Teixeira (Currículo Lattes)
Resumo
Apesar da importância dos benefícios comprovados da amamentação na primeira hora de vida, como a redução da mortalidade neonatal, da morbidade tanto na mãe quanto no bebê, da proteção do aleitamento materno exclusivo e do vínculo mãe-bebê, são escassos os estudos sobre a temática no extremo sul do Brasil. Sendo assim, o objetivo deste estudo e identificar a prevalência do aleitamento materno na primeira hora de vida no extremo sul do país e seus fatores associados através de variáveis sociodemográficas, psicossociais e clínicas. Métodos: Estudo transversal com todos nascimentos ocorridos em uma cidade do extremo sul do país no ano de 2019. Tendo sido realizada única abordagem com questionário específico aplicado nas primeiras 48 horas pós-parto, contendo a escala GAD-7. Foi conduzida analise univariada para descrever a amostra e calcular a prevalencia do desfecho. Na analise bivariada, o teste qui-quadrado foi utilizado para exposições categóricas e o teste t-Student para as numericas. Para análise multivariada, um modelo hierárquico de redução por regressão logística binária (eliminação retrógrada) foi aplicado ao nível de significância de 5%, com o software SPSS versão 18.0. Resultados: 74,2% da amostra realizou amamentação na primeira hora de vida do recém-nascido. Houve associação estatisticamente significativa entre amamentação na primeira hora de vida com nascer em hospitais com Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) e parto normal. Conclusões: Atenção especial deve ser dada às gestantes que ganham parto cesárea. E é necessário reforçar treinamentos que promovam a amamentação e o respeito pela Hora de Ouro às equipes multiprofissionais que acompanham a puérpera no nascimento, sobretudo nas maternidades privadas.